Relativamente assustada com tais atitudes, perguntei à diversas pessoas de outras nacionalidades, que encontrei pelo caminho, se aquilo era um hábito rotineiro também em seus países, e a resposta da grande maioria foi sim.
De volta ao Brasil, todas aquelas recordações ficaram no meu subconsciente até um dia, quando elas vieram à tona. Eis que, andando pelas ruas do centro da minha cidade, me deparo com ambulantes vendendo bandeirinhas do país nos sinais, lojas enfeitadas e vendendo diversos produtos em verde amarelo e prédios com faixas de 3 metros dependuradas em suas sacadas.
Alguma coisa errada, pensei eu.
Mas não, não existia nenhuma novidade: era a Copa que se aproximava e, com ela, todo

Como um vulcão, o amor pela pátria estava ressurgindo, para mobilizar milhões de pessoas, parar cidades inteiras, causar muitos burburinhos, ser a notícia mais comentada da atualidade e, mais rápido do que se possa imaginar, resfriar suas lavas e deixar toda a poeira levantada repousar sobre o chão até se passar quatro anos, e ele entrar em erupção novamente.
O dia do primeiro jogo chegou e junto com ele, um país inteiro parado, literalmente. Lojas fecharam, fábricas encerraram o expediente e viva alma não se encontrava nas ruas, a não ser, é claro, grupos de torcedores fanáticos aglomerados em bares, buscando uma brecha que fosse para conseguir assistir os lances, em meio à toda aquela multidão.
E quem não conhece até pensa: “é, os brasileiros são um povo realmente nacionalista não é não é mesmo?”