sábado, 11 de agosto de 2012

Comer, dormir e trabalhar

Eis aí o nome do livro sobre a minha estadia em Orlando.
Quarenta dias trabalhando para uma produtora que faz vídeos, matérias e DVDs de agências de turismo aqui.
Troquei minhas férias e um pouquinho mais [minha vida] por uma média nada regular de 14h diárias noturnas em um sala de edição. Sem absolutamente NENHUM dia de folga.
Sim estou na DISNEY, terra da magia e diversão sem ter ido uma vez sequer em um dos tantos parques espalhados por aqui. E mais: assistindo incessantemente em uma tela de computador milhares de pessoas que vão para a terra dos sonhos em busca de lazer.
A primeira constatação, assim que aterrissei na terra do Tio Sam: tudo aqui é fast food. Fomos ao Wall Mart abastecer a geladeira o frigobar e tudo que se vê é porcaria. Doces, salgados, congelados, TUDO.
Comer direito nesse lugar é quase impossível. As frutas são bem mais caras que os junk foods, a Pepsi é melhor que a Coca e o hambúrguer custa 1 [UM] dólar. São infinitas as guloseimas espalhadas em supermercados. O que te faz perder a linha nos primeiros dias e, logo em seguida, começar a sentir falta da boa e velha comida brasileira. Para se ter uma ideia: o café da manhã, pelo menos no hotel em que estamos, é tipicamente americano, composto por ovo mexido [em pó], carne de hamburguer e wafle. Até existem alguns restaurantes brasileiros pela cidade, mas nada suficientemente bom. Além disso, a falta de rotina alimentar te faz ter e perder a fome muito rapidamente [não existe hora do almoço, e os restaurantes começam a encher às 4h da tarde].
Uma coisa que te faz se sentir em casa, entretanto, é a quantidade de brasileiros espalhados por todos os cantos... Ouve-se português o tempo todo. Milhares de turistas, brasileiros que trabalham no EUA e um tanto de outras pessoas que aprendem português só para atender os clientes nas lojas. Se comunicar aqui é fácil, já se deslocar, é terrível. Apesar de perto, as coisas são separadas por longas áreas de mato e pântanos, as ruas são largas como rodovias e a sinalização para pedestre péssima. É o tipo de cidade em que precisa-se alugar um carro para se virar. E um carro com um bom ar condicionado, diga-se de passagem, pois nessa época do ano o calor é terrível! Sol forte e muita umidade, fazendo com que você se sinta melado all day. No final das contas agradeci imensamente por permanecer no escritório sem ver a luz do dia.
Parte do grupo [leia-se, meninos] passam dias debaixo do sol escaldante, fazendo imagens dos turistas nos parques. Já nós [leia-se sexo frágil] ficamos dias e noites nos revesando na ilha de edição.
Assim, minha vida tem se resumido a trabalhar, geralmente de 5p.m. até 8a.m. E para me manter acordada, pizza, hamburguer e Nutella, muita Nutella.
O resto do tempo é dedicado ao precioso ato de dormir.
Até tentei frequentar a academia do hotel, mas isso acontece esporadicamente, digamos.
Meu relógio biológico foi pro saco, assim como minha pele, estômago e mente também, levando-se em consideração a rotina exaustiva e a saudade permanente de quem ficou pra trás.
Por sorte, a galera que trabalha aqui é fantástica, o que faz o trabalho ser menos cansativo. Pessoas que levarei comigo o resto da vida.
Se vale a pena? SEMPRE.
TODA, absolutamente toda experiência é importante. E uma coisa é indiscutível: tudo nessa vida passa. Aproveitar cada segundo é a melhor solução!
:]
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