segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

And the Oscar goes to...

A cerimônia de premiação do Oscar 2O12 aconteceu ontem e eu não podia deixar de dar meu humilde, porém afetuoso, parecer.

Durante muito tempo, não entendia ou concordava com as decisões da academia. Esse vídeo mostra uma discussão bem interessante sobre quem são as mais de seis mil pessoas que escolhem os melhores dos melhores.
Nesta edição, em especial, gostei muito de todas as premiações, exceto pela música original que, logicamente, estava na torcida pela brasileira, do filme "Rio". Uma canção alegre, realmente original e diferente dos grandes clichês. Mas a academia manteve sua fama de "conservadora".
Os dois maiores destaques foram "O Artista" e "A invenção de Hugo Cabret", ambos com cinco estatuetas. O primeiro ganhou as mais importantes: melhor filme, ator, figurino, direção e trilha sonora. E com razão. Simplesmente um filme fantástico, doce e brilhante.
Fazer um filme mudo e sem cores, em meio à toda essa avalanche de efeitos especiais e explosões, é um desafio e tanto, que foi realizado com supremacia. Um roteiro sensível, que mostra os altos e baixos de um artista na defesa de sua arte. Como cenário a charmosa década de 2O, mais atual impossível ao mostrar como tudo na sociedade é efêmero, obsoleto, incerto e incrivelmente divertido.
"Hugo", também ambientado em décadas passadas, na charmosa cidade luz, dá show pela sua linda fotografia, efeitos visuais e por retratar um pedaço da história do cinema, com suas montagens frame a frame e grandes truques de mágica que fazem milhares de pessoas sonharem.
Assistindo a esses dois filmes que trazem como pano de fundo o cinema, me deparo com uma pergunta que não me canso de fazer: o que acontecerá quando tudo for inventado? Cada vez mais o mundo audiovisual se vê abotoado de efeitos especiais, roteiros fracos e atuações medíocres. Talvez, uma volta ao passado e a revisão de velhas tradições, que fizeram desta arte o que ela é hoje, possa ser uma ótima resposta.

Reflexões à parte, além de grande espetáculo da cultura audiovisual, o Oscar, como todas as fashionistas de plantão sabem, também é um evento esperadíssimo no mundo da moda.
Por isso, não podia deixar de falar dos looks mais bombantes desta edição.
Acho que no tapete vermelho tudo é possível. É um dos melhores lugares do mundo para abusar do glamour e esbanjar beleza.
Um dos vestidos que mais me chamou atenção foi esse da Jessica Chastain feito por Alexander McQueen. Uma mistura de tecidos e bordados clássicos muito bacanas, ousou e acertou:
E olha que nem sou muito a favor de vestidos metalizados, com paetes pra todo lado, mas esse da Ellie Kemper, feito por Armani Prive ficou luxo puro:Já esse, de Jack Guisso Couture, por mais discreto que possa parecer [nude, eu te amo], ficou absolutamente lindo na Kate Mara:

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O samba do Brasil

Ser brasileiro é carnaval, samba no pé e bunda de fora.
É achar que o ano começa 53 dias depois da virada, passar 5 dias enchendo a cara e usar isso como desculpa para assediar mulheres e fazer xixi em qualquer lugar.
Esse, inclusive, foi o motivo pelo qual três pessoas morreram em São João Del Rei. Simplesmente porque chamaram a atenção de outras que estavam usando a rua como banheiro público.
No Rio, uma mulher morreu com um tiro na testa após ter ignorado o assédio de um homem.
E em São Paulo teve gente pulando grade, roubando e rasgando documentos, porque não achou justo a opinião dos jurados na eleição das escolas de samba.
Escolas estas que gastam milhões em alegorias e adereços, que são apresentados em 1h de desfile pela avenida e logo em seguida são descartados para a construção de novos, que serão exibidos no próximo ano. Sim, isso é patrimônio imaterial da nossa cultura, mas e as tantas outras coisas que são importantes para o desenvolvimento de nosso país?
Na saúde pessoas morrem na fila por um tratamento público que não existe.
Na escolas a educação vai de mal a pior. Os professores, cada vez mais desvalorizados.
Museus, galerias de arte e espaços públicos sofrem pela falta de investimento.
Alguns valores estão cada vez mais sendo abandonados e me pergunto até quando.
Posso parecer uma senhora ranzinza, com seus 53 anos.
Eu realmente sou a favor da diversão, mas com parcimônia né galera.
Esse vídeo, que rolou nas redes sociais nas últimas semanas, exprime bem o que eu acho de tudo isso.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...