A cerimônia de premiação do Oscar 2O12 aconteceu ontem e eu não podia deixar de dar meu humilde, porém afetuoso, parecer.
Durante muito tempo, não entendia ou concordava com as decisões da academia. Esse vídeo mostra uma discussão bem interessante sobre quem são as mais de seis mil pessoas que escolhem os melhores dos melhores.
Nesta edição, em especial, gostei muito de todas as premiações, exceto pela música original que, logicamente, estava na torcida pela brasileira, do filme "Rio". Uma canção alegre, realmente original e diferente dos grandes clichês. Mas a academia manteve sua fama de "conservadora".
Os dois maiores destaques foram "O Artista" e "A invenção de Hugo Cabret", ambos com cinco estatuetas. O primeiro ganhou as mais importantes: melhor filme, ator, figurino, direção e trilha sonora. E com razão. Simplesmente um filme fantástico, doce e brilhante.
Fazer um filme mudo e sem cores, em meio à toda essa avalanche de efeitos especiais e explosões, é um desafio e tanto, que foi realizado com supremacia. Um roteiro sensível, que mostra os altos e baixos de um artista na defesa de sua arte. Como cenário a charmosa década de 2O, mais atual impossível ao mostrar como tudo na sociedade é efêmero, obsoleto, incerto e incrivelmente divertido.
"Hugo", também ambientado em décadas passadas, na charmosa cidade luz, dá show pela sua linda fotografia, efeitos visuais e por retratar um pedaço da história do cinema, com suas montagens frame a frame e grandes truques de mágica que fazem milhares de pessoas sonharem.
Assistindo a esses dois filmes que trazem como pano de fundo o cinema, me deparo com uma pergunta que não me canso de fazer: o que acontecerá quando tudo for inventado? Cada vez mais o mundo audiovisual se vê abotoado de efeitos especiais, roteiros fracos e atuações medíocres. Talvez, uma volta ao passado e a revisão de velhas tradições, que fizeram desta arte o que ela é hoje, possa ser uma ótima resposta.
Reflexões à parte, além de grande espetáculo da cultura audiovisual, o Oscar, como todas as fashionistas de plantão sabem, também é um evento esperadíssimo no mundo da moda.
Por isso, não podia deixar de falar dos looks mais bombantes desta edição.
Acho que no tapete vermelho tudo é possível. É um dos melhores lugares do mundo para abusar do glamour e esbanjar beleza.
Um dos vestidos que mais me chamou atenção foi esse da Jessica Chastain feito por Alexander McQueen. Uma mistura de tecidos e bordados clássicos muito bacanas, ousou e acertou:
E olha que nem sou muito a favor de vestidos metalizados, com paetes pra todo lado, mas esse da Ellie Kemper, feito por Armani Prive ficou luxo puro:Já esse, de Jack Guisso Couture, por mais discreto que possa parecer [nude, eu te amo], ficou absolutamente lindo na Kate Mara:
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