Chequei no consultório animada!
Porém a única coisa de importante e frustante que ouvi foi: "Seu osso ainda não calcificou completamente... vou deixar até você ficar sem gesso, mas ainda não pode apoiar o pé no chão."
_Por quanto tempo? perguntei.
_Pelo menos duas semanas. O médico falou.
Durante alguns dias fui tomada por uma súbita vontade de chorar...
Chorei dias e mais dias...
Tinha criado em mim a expactativa de tirar o gesso e estar tudo bem, sair andando, passar um dia inteiro fazendo compras de natal, correr atrás do meu sobrinho, dançar... Mas isso não foi possível.
Tenho uma declaração a fazer: Eu detesto médicos!
Depois de uns 4 dias na fossa, quis procurar outro especialista, não era possível ter ficado 1 mês de gesso e meu pé não ter melhorado, ele ainda estava inchado e roxo. Sabe o que eu ouvi?
_Não liga não, isso é normal, depende muito de cada organismo. Pode melhorar em 2 semanas ou demorar 3 meses...
_Mas não tem nenhum remédio que adiante esse processo?
_Se tivesse algum, nós receitaríamos a todos os nossos pacientes...
Que animador não é?
Não precisava ter ido no consultório para ter ouvido aquilo... Em vez de tristesa, passei a ter raiva. Minha vontade era trucidar aquela pessoa na minha frente, que se auto intitulava doutora. Mas infelismente, não o fiz.
Cheguei em casa e decidi: Nada de choradeira. Não ia adiantar nada. A solução era fazer tudo seguindo o lema "devagar e sempre". E foi o que eu fiz!
No dia seguinte, fui no shoping com o Douglas. Abusei do meu namorado! Na mão dele foi se acumulando sacolas e mais sacolas, presentes e mais presentes!
Ah! A arte de gastar dinheiro! Como é bom! Meu humor mudou incrívelmente!
O ruim foi fazer as contas no final... um pequeno saldo negativo. Mas, como diz meu irmão filósofo, o que vale sempre é a intenção!
Chegou o natal! Tão depresa! Pra mim, a melhor data do ano!
Como de costume, fomos na missa e depois nos reunimos em casa. Teve aquela gigantesca ceia e mais da metade da sala ocupada por embrulhos coloridos. O amigo-oculto, como sempre, cheio de marmeladas e a tão gostosa distribuição de presentes. Meu sobrinho lindo, todo feliz, fez a festa com a penca de brinquedos que ele ganhou! E, quando deu a meia-noite, todos pularam gritando feliz natal, e eu não fiquei fora dessa! Pular num pé só, abraçando as pessoas, até que foi bem divertido!
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