terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Júnior and me




Nas férias de julho, li o livro "Marley e eu", escrito pelo jornalista norte americano John Grogan, e simplesmente me apaixonei!
O Best seller conta, entre risadas e emoções, a história de Marley (segundo o autor, "o pior cão do mundo"). Um labrador de mais de 50kg, apaixonado pela vida e pelos seus donos, que não abre mão da liberdade e de uma boa bagunça, desrespeitando a todas as regras simplismente para satisfazer suas vontades (ou seja, as que não são as dos seus donos) e se sentir feliz. Uma lição de vida para todos nós.
A partir dele, começei a entender (um pouco que seja) o comportamento do meu adorável cãozinho Júnior (para minha mãe, o verdadeiro pior cão do mundo). Um poodle de míseros 9kg que dá o que falar na minha casa.
Outro dia, chegando em casa com a minha mãe, depois de uma dessas chuvas pessadas de verão, encontrei ele, todo molhado, na varanda. Minha mãe veio logo atrás de mim, já com a palma da mão aberta.
_Júnior, olha pra você, tá todo molhado. Quem mandou você sair do canil? Eu perguntei.
Ele me olhou com aquela carinha de cão sem dono, como se perguntasse o que tinha feito de tão grave.
_Como você conseguiu sair de lá? Minha mãe perguntou assustada. Aquele negócio tem mais de 1 metro de altura, e eu coloquei madeira em cima da grade. Não é possível...
_Anda, vai lá pra dentro. AGORA! Ela gritou nervosa.
_Calma mãe, não bate nele não, tadinho, ele tava com medo da chuva...
Mas meu apelo não adiantou. Ela lascou a mão nele (devagarzinho, mas bateu).
Eu fui pra sala, e quando ela chegou, tava soltando fumaça pelas ventas.
_Esse cachorro é doido. Ele destruiu, eu disse DESTRUIU aquela grade de ferro. E não foi a primeira vez, por isso que eu tinha colocado a madeira... mas não foi suficiente. Nunca é suficiente. Eu vou te falar uma coisa, ou esse cachorro me mata ou eu mato ele...
_Mãe, não fala assim dele não. Poxa... ele é só um cachorro...
_Um cachorro ou um monstro?
Ela estava nervosa... ela sempre fica nervosa... e fala essas coisas. Mas a verdade é que ela só fala. Depois que a tensão passa, fica tudo bem. E o Júnior sabe disso. Depois de 1hr, ele já estava fazendo seu escândalo, chorando e implorando para ser solto e poder brincar com sua bola melada.
Dia 25, estreiou o filme do Marley no cinema. Como fã número 1 que sou, não pude deixar de ir, e junto comigo, foi minha mãe. Um filme nunca é tão bom quanto o livro, mas rendeu bastante gargalhadas. Depois do final, super emocionante, quando as luzes se acenderam, não tinha um que não estivesse chorando, exceto, é claro, minha mãe.
_Ué mãe, que foi? Não gostou do filme?
_Gostei... Mas eu não precisava ter saido de casa para assistir um cachorro que não faz nem 1/3 do que o Júnior faz...
Ontem, li no jornal que esse filme teve a bilheteria recorde no Dia de Natal, US$ 14,75 milhões.
É... o Marley não tem jeito mesmo... imagina então quando o Júnior sair nas telinhas!

sábado, 27 de dezembro de 2008

Dos últimos acontecimentos: pé quebrado, médicos, presentes e natal!

Chequei no consultório animada!
Porém a única coisa de importante e frustante que ouvi foi: "Seu osso ainda não calcificou completamente... vou deixar até você ficar sem gesso, mas ainda não pode apoiar o pé no chão."
_Por quanto tempo? perguntei.
_Pelo menos duas semanas. O médico falou.
Durante alguns dias fui tomada por uma súbita vontade de chorar...
Chorei dias e mais dias...
Tinha criado em mim a expactativa de tirar o gesso e estar tudo bem, sair andando, passar um dia inteiro fazendo compras de natal, correr atrás do meu sobrinho, dançar... Mas isso não foi possível.
Tenho uma declaração a fazer: Eu detesto médicos!
Depois de uns 4 dias na fossa, quis procurar outro especialista, não era possível ter ficado 1 mês de gesso e meu pé não ter melhorado, ele ainda estava inchado e roxo. Sabe o que eu ouvi?
_Não liga não, isso é normal, depende muito de cada organismo. Pode melhorar em 2 semanas ou demorar 3 meses...
_Mas não tem nenhum remédio que adiante esse processo?
_Se tivesse algum, nós receitaríamos a todos os nossos pacientes...
Que animador não é?
Não precisava ter ido no consultório para ter ouvido aquilo... Em vez de tristesa, passei a ter raiva. Minha vontade era trucidar aquela pessoa na minha frente, que se auto intitulava doutora. Mas infelismente, não o fiz.
Cheguei em casa e decidi: Nada de choradeira. Não ia adiantar nada. A solução era fazer tudo seguindo o lema "devagar e sempre". E foi o que eu fiz!
No dia seguinte, fui no shoping com o Douglas. Abusei do meu namorado! Na mão dele foi se acumulando sacolas e mais sacolas, presentes e mais presentes!
Ah! A arte de gastar dinheiro! Como é bom! Meu humor mudou incrívelmente!
O ruim foi fazer as contas no final... um pequeno saldo negativo. Mas, como diz meu irmão filósofo, o que vale sempre é a intenção!
Chegou o natal! Tão depresa! Pra mim, a melhor data do ano!
Como de costume, fomos na missa e depois nos reunimos em casa. Teve aquela gigantesca ceia e mais da metade da sala ocupada por embrulhos coloridos. O amigo-oculto, como sempre, cheio de marmeladas e a tão gostosa distribuição de presentes. Meu sobrinho lindo, todo feliz, fez a festa com a penca de brinquedos que ele ganhou! E, quando deu a meia-noite, todos pularam gritando feliz natal, e eu não fiquei fora dessa! Pular num pé só, abraçando as pessoas, até que foi bem divertido!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Das implicações de se ter um pé quebrado II

· Usar um pé só;
· Pular feito cabrita;
· Ser chamada de saci;
· Não poder usar as mãos pq elas estão ocupadas com as muletas;
· Descer e subir escadas de bundinha;
· Ter medo de degraus em geral;
· Ser carregada pelo namorado por 4 andares (ainda bem que eu tenho namorado!);
· Acumular todas as energias do mundo e não poder usá-las;
· Não poder sair por aí dançando;
· Esgotar o estoque de livros que se tem ao alcance;
· Escutar o tempo todo perguntas como: "O que aconteceu?" e "Quer ajuda?";
· Precisar da ajuda e boa vontade de todo mundo;
· Às vezes abusar da boa vontade dos outros (isso é bom!);
· Não poder brincar com o sobrinho de 1 ano e 9 meses que te puxa pela mão e sai correndo;
· Não conseguir se espreguiçar até o final;
· Não conseguir ir a um lugar sem ser notada e ver na cara dos outros a expressão: "será que ela vai conseguir chegar?";
· Sempre ficar pra trás;
· Poder parar o carro mais perto pq eu to com o pé quebrado (isso tbm é bom!);
· Tomar banho sentada e com um saco plástico no pé;
· Ter uma coceira desesperada no pé e não poder coçar;
· Ver todo mundo saindo pra balada e não poder ir;
· Comer tudo que se vê pela frente;
· Engordar sutis 7 kg;
· Sentir uma imensa carência afetiva;
· Perceber a importância dos seus queridos pezinhos;
· Ficar entediada.

domingo, 14 de dezembro de 2008

O noivado e o bolo

_Alô, Vera, tô ligando pra saber se já posso passar aí pra pegar o bolo e os bombons...
Alguém do outro lado fala alguma coisa.
_O que?
Alguém do outro lado fala + alguma coisa.
Os olhos da minha irmã se enchem de lágrimas.
_Mas eu precisava pra agora...
Ela diz com aquela voz triste.
Alguém do outro lado responde alguma coisa.
_Como assim sem previsões? O noivado começa às 6 (na verdade ela mentiu, era às 7) e já são 4:30...
Alguém do outro lado responde + alguma coisa.
_Tá... é 9979-5564. O endereço é: Rua Fonseca Hermes, 422. Entrega lá o mais rápido que puder... por favor...
Ela desliga o telefone.
_O que que foi Joyce?
Pergunto pra ela.
Ela responde com o rosto atônito.
_Ela disse que a Vera tá passando mal e tá tudo atrazado...uma encomenda que era pras 2 ainda não foi entregue...
_Como assim ela tá passando mal? Se ela não tivesse em condições de fazer o bolo ela devia ter ligado bem antes e avisado.
_Ela disse que quando ficar pronto ela leva lá... mas não tem nem previsão...ela disse que o bolo ainda é mais fácil que os bombons.
_Como assim não tem previsão? Essa mulher tá louca? Seu noivado não pode ficar sem bolo...
_É, eu sei disso...
_E se o bolo não chegar?(essa frase não foi das mais tranquilizantes!) A gente tem que dar um jeito...vamo ligar pra fábrica de doces...lá deve ter algum bolo e uns bombons sobrando(essa palavra também não foi das mais estimulantes!)
_Poxa, o bolo que eu encomendei era de massa inglesa, branco, com um laço verde em volta, flores em cima e uns coraçãozinhos saindo... eu vou pegar um bolo da fábrica de doces?
Ela ligou...
_E aí?
_Eu tenho que passar lá e pegar. O moço disse que tem uns 100 bombons variados lá, ele vai embrulhar pra mim... Quanto ao bolo, eu vou rezar e aquela mulher vai entregar lá pra mim...
_Tá bom, vamos lá buscar...
A minha vontade era de comprar um bolo num supermercado... tava morrendo de medo da minha irmã ter um noivado sem bolo, mas eu tinha que respeitar a vontade dela de ter um bolo com "massa inglesa, branco, com um laço verde em volta, flores em cima e uns coraçãozinhos saindo"... Ela tava realizando o sonho da vida dela (o começo na verdade, pq o sonho dela mesmo é casar)... Ela já teve alguns namorados, entre eles: o Lula (que não dava pq fumava e bebia), o menino da bicicleta no portão, o Jefri, aquele de cavanhaque (que eu não lembro o nome),o Tadeu (mais conhecido como tio), o Jorge (que morava em Santa Catarina), o Alexandre (mais conhecido como cú, de CUnhado!), o Saulo (que também era vereador de Santos Dummond) e finalmente o Evando (que se tornou noivo dela!). Bom, mas esses poucos relacionamentos não vem ao caso... Se minha irmã ler isso ela me mata! O que importa é que o Evandro é um cara muito legal que gosta de mais da minha irmãzinha!
O noivado começou sem o bolo, com os bombons da Fábrica de doce espalhados pelas bandejas. O salão estava lindo, minha irmã escolheu toalhas de mesa lindas e se preocupou em fazer todos os arranjos de mesa com lírios e bolinhas de gel, pra ficar tudo do seu jeitinho. Os convidados chegaram e tudo transcorreu muito bem...
Às 9:30 o bolo chegou, não tinha os coraçãozinhos em cima, estava quente, mas chegou. Tava bonito.
Às 10:oo, discurso dos noivos:
_Anda Evandro... fala...
_Bom, eu queri pedir ao sô Iran, com um imenso prazer, a autorização pra mim ficar noivo da Joyce... Essa mulher linda que eu amo muito...(essa parte eu inventei pra deixar mais romântico!)
_Eu autorizo... e desejo a vocês toda a felicidade do mundo, que Deus abençoe vocês.
O noivo pegou a aliança e foi se virando pra colocar no dedo da noiva...
_Como assim Evandro? Você vai colocar a aliança sem a gente saber se a noiva aceita?
Ele olhou pra ela.
_Joyce, você aceita ser minha noiva?
_Bom, depois de dois anos esperando por isso, e algumas horas de apreenção pela espera do bolo, eu aceito!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Das implicações de se ter um pé quebrado

· Primeira frase a ser ouvida:
_Nossaaaa...
· Segunda frase a ser ouvida:
_É... realmente... tá bem inxadinho...
· Terceira frase a ser ouvida:
_Será que quebrou?
· Quarta frase a ser ouvida:
_Você vai ter que ir no médico...
· Quinta frase a ser ouvida:
_É Talita, infelizmente as notícias não são as melhores... houve uma fratura no metatarso do pé esquerdo...
· Sexta frase a ser ouvida:
_Você ficará um mês com o pé engessado, de preferência sem apoiá-lo de forma alguma no chão...
· Sétima frase a ser ouvida:
_Ih... fudeu...
· Oitava frase a ser ouvida:
_Ah tadinha...
· Nona frase a ser ouvida:
_O que que aconteceu? Quer uma ajudinha?
· Décima frase a ser ouvida:
_Não aguento mais...

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Segundo post

Uhul! Como é legal ter um blog!!!
Mentira! Bom, é legal sim, mas a verdade é que eu to postando aqui só para ter dois (e não um) texto nesse negócio aqui...
Acho que é empolgação de iniciante!
Tenho certeza que daqui a pouco minhas publicações vão se tornar esporádicas e mais esporádicas. Mas eu não posso desiludir meus leitores logo de inínio (ou será a mim mesma?). Portanto que venham posts e mais posts!!!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Começando do começo

Ouvi conversas sobre essa onda de blogs...
Dizem que é uma forma bacana de expressar seus sentimentos, crenças, conhecimentos e opiniões para outras pessoas. Também falaram que é um ótimo exercício para quem deseja seguir a carreira jornalística, como eu, talvez.
Nunca me senti muito à vontade em escrever para outras pessoas. Sou tímida e nunca achei meus textos bons, porém, gosto de escrever...
Estou terminando o segundo período de Comunicação Social e ainda não tenho nem idéia de que área irei seguir mas, se meu destino for escrever notícias, acho bom já ir me acostumando a expor meus textos ao público.
Meu objetivo, não é de espalhar meus textos a Deus e o mundo, apenas acostumar com essa idéia.
E por que o nome desse blog?
Porque há vários assuntos que quero conversar com você, leitor (se é que existe alguém lendo isso aqui). Sempre me interessei por conversas, principalmente ouvir a elas, e existem algumas que realmente acho que deveriam ser gravadas. Sabe aquelas que você daria tudo para estar com um gravador na hora?
Você verá algumas dessas conversas fascinantes aqui, além, é claro, das milhares de conversas com os meus próprios botões que ouço todos os dias a todas as horas...
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