segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

E lá vem 2013

Todo fim de ano é a mesma coisa: refletir sobre as conquistas, os momentos vividos, os novos desafios.
E 2012, para mim, foi incrivelmente conturbado. Intensidade é pouco para descrever esses 12 meses que contiveram viagens para Paris, Londres e Orlando, conclusão da faculdade, formatura, novo emprego, vida de gente adulta.

Sim, é assim que eu me sinto. Uma pessoa mais madura, responsável, com objetivos traçados. 
Ao contrário da profecia Maia, o mundo não acabou. Um novo ciclo se iniciou, trazendo mudanças interiores que, espero, tenham tido efeito não só em mim, mas em outras pessoas também.
Sim, o mundo precisa de transformação, de seres humanos mais conscientes, mais pacientes, mais amorosos.
Precisamos de gente que fale menos e faça mais. Que seja compreensivo. Que enxergue e aceite a diferença dos outros.
Fim de ano é tempo de renovação, de esperanças. 
E o meu desejo, depois de tantas metas obtidas com sucesso, é algo mais subjetivo, espiritual. Quero paz, verdade, amor. Quero tranqüilidade, cabeça sossegada e discernimento para seguir o meu caminho.
Nesta época em que todos fazem planos e promessas, por que não acreditar num mundo melhor?

domingo, 7 de outubro de 2012

Planeta crítrica

Pois é, vivemos em um mundo onde todo mundo quer botar o bedelho em tudo. O que antes nao passava de fofocas e comentários ácidos entre vizinhos sem muito o que fazer, se intensificou o ganhou destaque no espaço cibernético. Com a internet, todos fazem críticas, sobre o que quer que seja.
E antes que você me julgue, nao estou criticando essa situação. Pelo contrário: liberdade de expressão é fundamental, e a internet proporciona um lugar ideal para isso.
Porém, o que acontece é uma enxurrada de críticas sem fundamento, e é justamente isso que me incomoda.
Em tempos de eleição, todos parecem entendidos de política, defendendo e, principalmente, metendo pau um no partido do outro.
No meio cultural então, chovem críticas, sejam elas positivas ou negativas. O importante é emitir alguma opinião e se manter vivo nessa grande sociedade do espetáculo em que vivemos.
É justamente isso que Zeca Camargo muito bem descreve neste post, quando afirma que "a 'democratização das opiniões', que é certamente um dos efeitos colaterais mais duvidosos da internet, de uma hora para outra empobreceu o exercício da crítica - deixou todo mundo desorientado".
Ao mesmo tempo, em outra publicação no mesmo blog, o jornalista que, devo ressaltar, é cinéfilo e tem um grande repertório cultural, faz uma grande crítica a um filme que assisti recentemente, o "recorde de bilheteria francesa", "Intocáveis".
Segundo Zeca, o filme é um "dramalhão canhestro, com algumas raras boas piadas salpicadas no meio – e ainda mais raros momentos realmente emocionantes".
E nao foi só ele. Navegando pela internet, encontra-se milhares de outras resenhas, todas criticando o longa.
É engraçado porque as opiniões, na grande maioria das vezes, parecem ser sempre as mesmas. Ou todo mundo elogia, ou todo mundo enche a boca de argumentos contra.
Tudo bem, eu também nao tenho um notório conhecimento sobre o mundo do cinema, mas me atrevo a admitir que gostei sim desse filme. Por mais que tenham clichês, ele tem excelentes cenas que fazem todos os espectadores rirem, se identificarem com os personagens e se emocionarem com eles.
O que quero dizer é que você vai deixar de assistir algo porque toda a crítica fala mal.
Assim como você nao deve concordar com o que todo mundo vem elogiando.
E, principalmente, nao dá pra ficar colocando opiniões mal fundamentadas em tudo, só porque os outros estão o fazendo.

domingo, 23 de setembro de 2012

Dar tempo ao tempo

Sempre fui bem ansiosa. Ficava imaginando o que aconteceria nos encontros marcados, como seria o meu  dia seguinte e como eu estaria com 30 anos.
Acho que já nascemos sofrendo desse mal.
Quando somos crianças as indagações já começam com o famoso "o que você vai ser quando crescer?".
Com o passar do tempo, as cobranças vão aumentando cada vez mais e o que se vê são comparações do tipo "fulano já fez isso e já é aquilo, e você?". Vivemos em uma sociedade que nos pressiona o tempo todo.
Mas, por conta dessas cobranças, acabamos esquecendo o quanto é bom nos desvincilhar dessas amarras e viver uma vida mais leve.
Sim, é um contante paradoxo: trabalhar, correr atrás de objetivos, ganhar dinheiro e ser alguém versus descansar, gastar dinheiro e sermos nós mesmos.
Às vezes é necessário parar, respirar, pensar sobre a vida e nos próximos passos a serem dados. Mesmo que não se tenha planos em mente, refletir sobre o que fazemos ou deixamos de fazer faz parte do processo.
Vivi alguns anos bem intensos, desde a preparação para o vestibular, até o comprometimento com a faculdade e a busca de reconhecimento na profissão. Absolutamente não me arrependo de nenhum segundo "perdido" em meio aos livros ou na mesa de trabalho.
Mas acabei de formar, aos 21 anos, fui contratada e cá estou eu pensando em fazer mestrado. Eu sei que o mercado é cruel, mas também é cruel se sacrificar tanto.
Uma das coisas que mais aprendi nos últimos anos é que tudo acontece quando tem que acontecer e, agora, senti uma necessidade imensa de desacelerar.
Dar tempo ao tempo é fundamental.

Where the dreams come true.

Nos últimos dias em Orlando, FINALMENTE, (depois de longos dias/noites de arduo trabalho), pude conhecer os pontos turísticos desta cidade.
Na verdade, mesmo trabalhando, quando era possível, costumava dar meus pulos. Foi assim que conheci os shoppings e Outlets de Orlando. E só tenho uma coisa a declarar: eles são demais!!!
Existem dois grandes Outlets, os Premiuns, que ficam em lados opostos da cidade. Neles, as lojas fazem super promoções pra acabar com o estoque, então tudo, absolutamente TUDO, fica por mais da metade do preço. Vale muito a pena comprar principalmente coisas de marca nesses lugares.
Os dois maiores shoppings também são tentação purinha: Millenia e Florida Mall. Esse último pra mim é o melhor! Ele é GIGANTESCO e tem loja da M&M, DISNEY, LEGO, MAC, e milhares de FAST FASHIONS de pirar!!!
Além disso, nos próprios supermercados dá pra fazer altas compritchas. Maquiagem, eletrônicos, produtos para cabelo, enfim, torra-se dinheiro em segundos.
Muita gente vai pra Orlando pra comprar meeesmo. Já eu tentei não perder a linha, me fiz de contida (só comprei o básico, vai) e paguei de turista mesmo, pra conhecer os famosos parques de diversão do local.
O primeiro deles foi o Sea World. Sim, o parque da Shamu!!! Mas, mais legal do que o splash que a baleia dá em todo mundo e a linda apresentação dos golfinhos (dá vontade de levar pra casa), as montanhas russas são sensacionais. Sim, eu, que MORRO de MEDO de montanha russa, simplesmente AMEI as do Sea World. A mais legal delas, a Mantra, é diferente de tudo que você já viu. Os trilhos são invertidos e você fica deitado, de barriga pra baixo. Uma experiência simplesmente surreal! E o melhor: você se sente super seguro e confortável. Não é como as montanhas russas do Brasil que te fazem bater a cabeça, ter náuseas e uma impressão contínua de que o troço vai desmontar e você vai morrer.
Enfim, recomendo muito, mesmo pros menos corajosos e pros que não tem tempo pra ir. Eu explico: pra viver essa aventura eu simplesmente fui direto do trabalho pro parque e do parque pro trabalho. Quase dois dias sem pregar o olho. Mas repito: vale a pena.
Já no meu dia de folga fui para o complexo da Disney, e fiz questão de conhecer os três dos mais famosos parques da terra do sonho. O primeiro foi o Epcot. Inaugurado em 82, o parque abriga atrações com a temática de o "mundo do futuro". Destaque para o Soarin, que simula um voo de asa delta muito real, em que você sente o vento na cara e até o cheiro das coisas. Outro destaque é o World Showcase, onde países são representados pelos seus principais monumentos. Pra quem admira a grandiosidade e diversidade desse mundão de meu Deus, é bem legal!
O segundo parque que visitei no dia foi o Hollywood Studios. Diversão garantida pra quem gosta de cinema e TV, o parque foi inaugurado em 89. As duas principais atrações, pra mim, são a Aerosmith Roller Coaster, montanha russa no escuro, toda na temática da banda de rock, e a Tower of Terror, um elevador que sobe 13 andares e despenca lá de cima. Muito legal! O mais bacana do Hollywood Studios é que todos os brinquedos são decorados nos mínimos detalhes.
Por último, não podia faltar o Magic Kingdon, o primeiro parque construído pelo Walt Disney, em 71. É o mais lúdico de todos e possui o famoso Castelo da Cinderela, sonho de toda menina. Passei o final do dia lá e assisti o espetáculo Wishes. Simplesmente emocionante!
A apresentação, que acontece todos os dias à noite, faz uma projeção no castelo, mostrando a história e um pouco do universo Diney. Depois, há uma queima de fogos ao som dos grandes clássicos Disney, fazendo absolutamente todo mundo chorar! Lindo demais!


Com certeza, um lugar dos sonhos. Queria muito que todas as pessoas, crianças, jovens e adultos, pudessem ter a oportunidade de vivenciar um dia essa experiência inesquecível!

sábado, 11 de agosto de 2012

Comer, dormir e trabalhar

Eis aí o nome do livro sobre a minha estadia em Orlando.
Quarenta dias trabalhando para uma produtora que faz vídeos, matérias e DVDs de agências de turismo aqui.
Troquei minhas férias e um pouquinho mais [minha vida] por uma média nada regular de 14h diárias noturnas em um sala de edição. Sem absolutamente NENHUM dia de folga.
Sim estou na DISNEY, terra da magia e diversão sem ter ido uma vez sequer em um dos tantos parques espalhados por aqui. E mais: assistindo incessantemente em uma tela de computador milhares de pessoas que vão para a terra dos sonhos em busca de lazer.
A primeira constatação, assim que aterrissei na terra do Tio Sam: tudo aqui é fast food. Fomos ao Wall Mart abastecer a geladeira o frigobar e tudo que se vê é porcaria. Doces, salgados, congelados, TUDO.
Comer direito nesse lugar é quase impossível. As frutas são bem mais caras que os junk foods, a Pepsi é melhor que a Coca e o hambúrguer custa 1 [UM] dólar. São infinitas as guloseimas espalhadas em supermercados. O que te faz perder a linha nos primeiros dias e, logo em seguida, começar a sentir falta da boa e velha comida brasileira. Para se ter uma ideia: o café da manhã, pelo menos no hotel em que estamos, é tipicamente americano, composto por ovo mexido [em pó], carne de hamburguer e wafle. Até existem alguns restaurantes brasileiros pela cidade, mas nada suficientemente bom. Além disso, a falta de rotina alimentar te faz ter e perder a fome muito rapidamente [não existe hora do almoço, e os restaurantes começam a encher às 4h da tarde].
Uma coisa que te faz se sentir em casa, entretanto, é a quantidade de brasileiros espalhados por todos os cantos... Ouve-se português o tempo todo. Milhares de turistas, brasileiros que trabalham no EUA e um tanto de outras pessoas que aprendem português só para atender os clientes nas lojas. Se comunicar aqui é fácil, já se deslocar, é terrível. Apesar de perto, as coisas são separadas por longas áreas de mato e pântanos, as ruas são largas como rodovias e a sinalização para pedestre péssima. É o tipo de cidade em que precisa-se alugar um carro para se virar. E um carro com um bom ar condicionado, diga-se de passagem, pois nessa época do ano o calor é terrível! Sol forte e muita umidade, fazendo com que você se sinta melado all day. No final das contas agradeci imensamente por permanecer no escritório sem ver a luz do dia.
Parte do grupo [leia-se, meninos] passam dias debaixo do sol escaldante, fazendo imagens dos turistas nos parques. Já nós [leia-se sexo frágil] ficamos dias e noites nos revesando na ilha de edição.
Assim, minha vida tem se resumido a trabalhar, geralmente de 5p.m. até 8a.m. E para me manter acordada, pizza, hamburguer e Nutella, muita Nutella.
O resto do tempo é dedicado ao precioso ato de dormir.
Até tentei frequentar a academia do hotel, mas isso acontece esporadicamente, digamos.
Meu relógio biológico foi pro saco, assim como minha pele, estômago e mente também, levando-se em consideração a rotina exaustiva e a saudade permanente de quem ficou pra trás.
Por sorte, a galera que trabalha aqui é fantástica, o que faz o trabalho ser menos cansativo. Pessoas que levarei comigo o resto da vida.
Se vale a pena? SEMPRE.
TODA, absolutamente toda experiência é importante. E uma coisa é indiscutível: tudo nessa vida passa. Aproveitar cada segundo é a melhor solução!
:]

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Sobre monografia, comunicação e satisfação pessoal

Um resultado de quatro anos e meio na faculdade. Estudos, estágios, experiências adquiridas.
Apresentar a monografia e ganhar um 1OO significava muita coisa pra mim.
Alguns nem precisam fazer, outros, simplesmente não fazem. Compram, copiam, criam qualquer abobrinha com o objetivo único de ficar na média e, assim, conseguir o diploma.
Mas eu não. Como tudo na vida, me dedico de corpo e alma. Por isso, minhas escolhas se resumem àquilo que me dá prazer.
Um dom de Deus, felizmente escolhi Comunicação como curso e tenho certeza que essa é a área em que quero trabalhar para o resto da vida. E o melhor: entre os tantos caminhos possibilitados pela formação, gosto de grande parte deles.
Não é atoa que escolhi como tema para o meu trabalho de conclusão de curso a Convergência de Mídias. Acredito que comunicação se dá pela troca de diversos meios, emissores, receptores e mensagens.
Defendo na monografia que cada vez mais diversas plataformas e, principalmente, pessoas, estão conectadas e utilizam diferentes ferramentas para contar uma mesma história.
Os veículos tradicionais, como a TV, o rádio e o jornal impresso estão se adaptando às diversas mudanças ocasionadas pela internet. Cada vez mais plataformas estão surgindo e as pessoas se tornam mais exigentes e participativas, criam seus conteúdos e interferem nos já publicados.
Diversos veículos vem se inserindo [ou tentando] no contexto das novas tecnologias de comunicação. As redes sociais se tornaram fonte para divulgação de informação e mobilização social.
Quais serão as invenções seguintes? Como atrair a audiência de um público cada vez mais segmentado? Os novos meios suplantarão os antigos? A Comunicação passa por um momento de insertezas.
Muitas perguntas pairam no ar e as respostas se vão com os ventos.
E esse é o grande barato!
Estar no meio desse furação é muito interessante. E taí a importância de um diploma. Mesmo que muitos cismem em afirmar que ele não serve para nada.
Um profissional de comunicação deve ter uma visão geral de tudo isso, filtar, selecionar e distribuir aquilo que verdadeiramente importa.
Fazer a monografia não foi fácil. Tive menos tempo do que o normal, conciliando os estudos à diversas outras atividades. Em muitos momentos achei que não daria conta e, mesmo na hora da entrega, sofri por concluir o trabalho em uma qualidade inferior ao que esperava de mim mesma.
O resultado porém, vindo da banca, que dedicou todo o tempo de arguição para fazer considerações sobre a excelência do tcc, me provou que toda a dedicação vale a pena.
Todos os elogios dirigidos a mim me lavaram a alma, me fazendo ter ainda mais vontade de seguir em frente e acreditar que o mundo ainda pode ser melhor com a contribuição de cada um!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Estou formando.

É uma estranha sensação. O fim de um ciclo que, para mim, não podia terminar de forma melhor.
Saio da faculdade com a plena certeza de que escolhi a profissão certa e que eu amo o que eu faço.
Passei por momentos de stress, cansaço, inúmeras vezes chorei, mas fiz tudo o que eu pude, agarrei toda oportunidade que me foi dada e hoje só tenho a agradecer.
Conheci pessoas maravilhosas, tive esperiências inesquecíveis e aprendi muito, mas muito mesmo. Hoje, tenho uma outra visão do mundo e isso se deve a cada borboleta que passou pelo meu caminho.
Termino meu curso com muitos planos para o futuro e com o estágio se transformando em oferta de emprego.
Às vezes me pergunto: por que Deus é tão bom comigo?
E tento me repreender toda vez que me deparo reclamando sobre a monografia a ser entregue, o vestido a ser escolhido, os últimos detalhes a serem fechados para o baile, as diversas atribuições do estágio e os preparativos para a viagem que está por vir. Os dias passam voando, tenho pressa, mas ao mesmo tempo, não quero que tudo isso acabe.
Em meio a tantas coisas para resolver, hoje tive uma imensa vontade de vir aqui declarar: sou uma garota de sorte.

segunda-feira, 26 de março de 2012

I saw the wonders of London


Depois de conhecer a cidade luz, embarcamos no famoso Eurostar [sim, aquele trem que passa debaixo do Canal da Mancha] e chegamos a Londres.
Uma chuva torrencial nos pegou já na estação de trêm. As diferenças culturais se tornaram visíveis ao entrarmos em um taxi típicamente londrino, com o volante ao contrário do "normal". A primeira impressão é de um trânsito caótico, por ser tão diferente. É difícil acostumar a olhar para o outro lado ao atravessar a rua.As pessoas são muito cordiais, mas extremamente frias. Cada um vivendo a sua vida, e pronto. Por mais que eu goste da proximidade com que nós, brasileiros, lidamos com as pessoas, adimiro esse "gentleman way of life" do londrinos, cheios de respeito e cuidado.
Deixamos as malas no hotel e saímos para o reconhecimento de terreno. O primeiro passeio foi pelo Green Hill. Incrivelmente, o tempo abrira e o sol amarelado de fim de tarde dava àquela cidade um calor inesperado. A grande extensão de grama verde, esquilos por toda parte e a natureza em perfeito equilíbrio em meio àquela selva de pedra monárquica, conquistaram o meu coração.Por mais difícil de se acreditar, durante toda a nossa permanência em Londres, o clima se manteve assim, céu azul e nada de chuva.
No segundo dia na cidade, pegamos um metrô até a estação de Westminster. Conhecemos o Big Ben, Abadia de Westminster [aquela onde todas as meninas já sonharam entrar, vestidas de noivas, ao encontro de um príncipe], demos uma volta na London Eye [a maior, mesmo, roda gigante do mundo] e caminhamos pelo Garden Hill até o Palácio de Buckingham [aquele em que a família real mora]. Fomos também até a London Bridge e passamos pelas Torres de Londres.
O dia seguinte foi dedicado a conhecer personalidades e artistas de todo o mundo. Sim, Madame Tussaud. É muito a cara de turista fazer isso, eu sei, mas é imperdível. As estátuas de cera são muito reais.Outro passeio indispensável é pela noite londrina e seus Pubs. Eleger um deles, sentar, e apreciar o comportamento vibrante dessa cidade.
No dia seguinte, foi a vez de andar pelo centro no mundialmente famoso ônibus de dois andares e passar pelo Assembléia Nacional, Catedral de São Pedro [onde a Diana casou], Museu de Londres e a tão famosa Abbey Road [se faz fila para tirar foto atravessando a rua dos Beatles, uma graça]. Nos despedimos de Londres voltando ao Green Hill e dando uma volta em uma das bicicletas que podem ser alugadas em maquininhas espalhadas pela cidade.
No dia seguinte, um motorista chegou exatamente na hora marcada [assim como todos os outros londrinos, pontualíssimos] para nos levar ao aeroporto e embarcamos de volta à realidade.
Achei que uma cidade fria não pudesse conquistar meu coração, mas, ao contrário, senti em Londres um calor de metrópole, efervescente e sensata, monárquica e cosmopolita.
Mais fotos aqui.

domingo, 18 de março de 2012

Lições de moda em Paris

Indiscutivelmente, Paris é o berço da moda e da alta costura.
Pode-se falar que hoje a moda é democrática, efêmera e multicultural, mas se necessário fosse escolher um só lugar para ditar esse mercado, gritaríamos em uni coro: F-R-A-N-Ç-A!
Pessoas elegantes desfilando por to-dos os lados.
E, para nossa alegria [ai, foi mal!], estive em Paris exatamente no mesmo período em que ocorria a Semana de Moda.Câmeras fotográficas com as maiores lentes que se possa imaginar e as modelos mais altas e magras que eu já vi, passando apressadas pelas ruas para não perderem o próximo desfile. Infelizmente, por falta de tempo, e de convite, não assisti a nenhum lançamento de coleção, mas pude visitar alguns estandes muito interessantes com exposições e tal.
E as lojas? TENTAÇÃO pura entrar em qualquer uma delas.
Até mesmo a C&A lá é diferente, com uns modelos bacanas, ótima confecção e preços bem camaradas.
Sem contar a Galerie Lafayette, seis andares de pura perdição. Literalmente o CENTRO de consumo de Paris. Lá se encontra de tudo: os mais variados perfumes, bolsas, sapatos, vestidos de noiva, repetindo, vestidos de noiva, e roupas das mais variadas grifes, indo mais conceituados estilistas aos que estão se lançando no mercado agora, separadas por setores. Para se ter uma ideia, aconselho quem for, pegar um mapa [disponível em TODAS as línguas] no hall de entrada principal.Mas, independente da semana da moda ou lojas maravilhosas espalhadas pela cidade, o que se vê em todo lugar é ESTILO. Sim, aquela palavrinha mágica que todos falam, mas poucos realmente encontram. E é complicado até mesmo definí-la. Ainda mais quando tenta-se rotular essa palavra com conceitos como romântico, punk, e por aí vai.
Não. Ter estilo é não se prender às regras. É usar o que te faz bem, o que se tem vontade. Quanto mais as pessoas se soltam dessas preocupações como o que as pessoas vão achar ou se o que se veste está ou não na "moda", mais se faz Moda.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Paris, je t'aime!

Quem nunca sonhou ver aquela torre de perto, sentir o clima daquela cidade, sentar num café e ouvir uma conversa em francês, mesmo sem entender uma palavra?
Esse sonho se tornou real pra mim, mais cedo do que imaginava.
Eis que, em menos de dois meses, um sonho antigo, combinado a uma mãe com espírito aventureiro e umas férias de 15 dias, nos fizeram embarcar para uma das cidades mais lindas do mundo.
E não é exagero. É linda mesmo. E exala cultura, luz e café.Foram apenas cinco dias e diversos pontos turísticos percorridos.
Ficamos em um hotel próximo à Torre Eiffel. O primeiro dia ficou por conta de conhecermos o mais famoso ponto turístico da França [quiçá do mundo]. Depois fomos caminhando até o Arco do Triunfo, onde pudemos assistir a troca da guarda [que acontece todo dia às 18h3O] e o ascender das luzes da cidade, e andamos pela frenética e linda Champs Elyssée, cheias de lojas luxuosíssimas e muita badalação.
No segundo dia acordamos cedinho, tomamos um típico petit dejeneur em uma Boulangerie [os hotéis não costumam incluir o café da manhã no preço da diária, assim você tem a deliciosa opção de entrar em uma padaria e tomar o desjejum como muitos parisienses fazem] e, após alguns croissants, nos dedicamos a andar, andar e andar [pra mim, a melhor forma de vivenciar o dia-a-dia e sentir o cheiro de uma cidade].
Passamos pelo Museu das Armas, a ponte Alexandre III, Grande e Pequeno Palácio e caminhamos novamente pela Champs Elyssée até chegarmos à Praça da Concórdia e, finalmente, o Museu de Louvre [dizem que para se conhecer todas as obras do museu ficando apenas 30 segundos em frente de cada uma delas, seriam necessários 8 meses. Preciso falar mais alguma coisa?]. Fomos também à linda Igreja de Madaleine e não posso deixar de citar o mais famoso [e caro?] café de Paris, o Café Angelina.
No terceiro dia pegamos um Batomuche [uma das diversas companhias de barco que levam turistas pelo Rio Sena] até a Notre Dame. Depois fomos ao centro Pompidou, uma construção moderna que abriga diversas obras e exposições contemporâneas [meu preferido]. Fomos ao suntuoso Pantheon e tiramos uma foto no Jardins de Luxemburgo [sim, tiramos uma foto, pra constar, já que estava chovendo e já não aguentávamos mais andar].
Vida de turista cansa...
No quarto dia nos arriscamos pelos metrôs da cidade. Mesmo não estando acostumadas à essa "tecnologia", andar de metrô por Paris é bem tranquilo. As estações são muito bem sinalizadas e as linhas todas interligadas. Você pode ir a qualquer lugar. E nós fomos à Sacre Coeur, igreja belíssima no alto do bairro Montmartre, que nos proporciona uma vista linda da cidade.
Depois passeamos [e nos assustamos divertimos com todos os cabarés e lojas de sex shop] espalhados pela rua do Moulin Rouge.
Pegamos um metrô para conhecer a Ópera e passamos o resto da tarde fazendo compras olhando as maravilhosas lojas de tudo-que-se-possa-imaginar na Galeria Lafayette. O centro do consumo de Paris. No final da tarde, subimos ao terraço deste prédio para apreciar um lindo por do sol iluminando a cidade.No quinto e último dia, pegamos um trem até o Palácio de Verssailes. Museu muito bacana sobre a história do país e do mundo, obras e mobiliários dos reis e rainhas da França. De tão grandioso chega a ser inacreditável. Mas delícia mesmo é andar pelos lindos jardins. Gasta-se um dia lá.
Para nos despedirmos da cidade luz, aproveitamos o último fim de tarde para subirmos na Torre Eiffel e acompanhar o ascender de luzes da cidade. Uma paisagem e sensação que vão ficar pra sempre na lembrança.Parti amando Paris, amando os franceses [todos muito bem vestidos e civilizados] e o francês. Ao contrário do que escutei, não tive dificuldades em me virar lá, muitos deles foram super gentis. Tive ainda mais vontade de aprimorar a língua e voltar lá um dia, passar mais tempo, poder assimilar mais toda aquela cultura, assistir musicais, passear sem pressa por museus e galerias e sentir de novo aquele ar, que só Paris tem.

obs.: [Finalmente] Fiz um Flickr pra mim. Lá você confere mais [muitas] fotos!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

And the Oscar goes to...

A cerimônia de premiação do Oscar 2O12 aconteceu ontem e eu não podia deixar de dar meu humilde, porém afetuoso, parecer.

Durante muito tempo, não entendia ou concordava com as decisões da academia. Esse vídeo mostra uma discussão bem interessante sobre quem são as mais de seis mil pessoas que escolhem os melhores dos melhores.
Nesta edição, em especial, gostei muito de todas as premiações, exceto pela música original que, logicamente, estava na torcida pela brasileira, do filme "Rio". Uma canção alegre, realmente original e diferente dos grandes clichês. Mas a academia manteve sua fama de "conservadora".
Os dois maiores destaques foram "O Artista" e "A invenção de Hugo Cabret", ambos com cinco estatuetas. O primeiro ganhou as mais importantes: melhor filme, ator, figurino, direção e trilha sonora. E com razão. Simplesmente um filme fantástico, doce e brilhante.
Fazer um filme mudo e sem cores, em meio à toda essa avalanche de efeitos especiais e explosões, é um desafio e tanto, que foi realizado com supremacia. Um roteiro sensível, que mostra os altos e baixos de um artista na defesa de sua arte. Como cenário a charmosa década de 2O, mais atual impossível ao mostrar como tudo na sociedade é efêmero, obsoleto, incerto e incrivelmente divertido.
"Hugo", também ambientado em décadas passadas, na charmosa cidade luz, dá show pela sua linda fotografia, efeitos visuais e por retratar um pedaço da história do cinema, com suas montagens frame a frame e grandes truques de mágica que fazem milhares de pessoas sonharem.
Assistindo a esses dois filmes que trazem como pano de fundo o cinema, me deparo com uma pergunta que não me canso de fazer: o que acontecerá quando tudo for inventado? Cada vez mais o mundo audiovisual se vê abotoado de efeitos especiais, roteiros fracos e atuações medíocres. Talvez, uma volta ao passado e a revisão de velhas tradições, que fizeram desta arte o que ela é hoje, possa ser uma ótima resposta.

Reflexões à parte, além de grande espetáculo da cultura audiovisual, o Oscar, como todas as fashionistas de plantão sabem, também é um evento esperadíssimo no mundo da moda.
Por isso, não podia deixar de falar dos looks mais bombantes desta edição.
Acho que no tapete vermelho tudo é possível. É um dos melhores lugares do mundo para abusar do glamour e esbanjar beleza.
Um dos vestidos que mais me chamou atenção foi esse da Jessica Chastain feito por Alexander McQueen. Uma mistura de tecidos e bordados clássicos muito bacanas, ousou e acertou:
E olha que nem sou muito a favor de vestidos metalizados, com paetes pra todo lado, mas esse da Ellie Kemper, feito por Armani Prive ficou luxo puro:Já esse, de Jack Guisso Couture, por mais discreto que possa parecer [nude, eu te amo], ficou absolutamente lindo na Kate Mara:

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O samba do Brasil

Ser brasileiro é carnaval, samba no pé e bunda de fora.
É achar que o ano começa 53 dias depois da virada, passar 5 dias enchendo a cara e usar isso como desculpa para assediar mulheres e fazer xixi em qualquer lugar.
Esse, inclusive, foi o motivo pelo qual três pessoas morreram em São João Del Rei. Simplesmente porque chamaram a atenção de outras que estavam usando a rua como banheiro público.
No Rio, uma mulher morreu com um tiro na testa após ter ignorado o assédio de um homem.
E em São Paulo teve gente pulando grade, roubando e rasgando documentos, porque não achou justo a opinião dos jurados na eleição das escolas de samba.
Escolas estas que gastam milhões em alegorias e adereços, que são apresentados em 1h de desfile pela avenida e logo em seguida são descartados para a construção de novos, que serão exibidos no próximo ano. Sim, isso é patrimônio imaterial da nossa cultura, mas e as tantas outras coisas que são importantes para o desenvolvimento de nosso país?
Na saúde pessoas morrem na fila por um tratamento público que não existe.
Na escolas a educação vai de mal a pior. Os professores, cada vez mais desvalorizados.
Museus, galerias de arte e espaços públicos sofrem pela falta de investimento.
Alguns valores estão cada vez mais sendo abandonados e me pergunto até quando.
Posso parecer uma senhora ranzinza, com seus 53 anos.
Eu realmente sou a favor da diversão, mas com parcimônia né galera.
Esse vídeo, que rolou nas redes sociais nas últimas semanas, exprime bem o que eu acho de tudo isso.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Destino: tesouros de Minas


Viajar é sempre bom. Seja pra longe ou mesmo pra perto.
Depois de uma longa recessão, neste fim de semana, pus o pé na estrada pra conhecer um pedacinho valioso de Minas Gerais: São João Del Rei.

A 24Okm de Juiz de Fora, a cidade foi fundada no século XVII, berço da inconfidência. O centro histórico, com ruas de pedra, igrejas com peças banhadas a ouro e casarões antigos, são uma grande aula sobre história brasileira.
Aproveitamos a data para visitar também Tiradentes, que durante toda essa semana recebe o Festival de Cinema, que chega a sua 15ª edição.
Chegamos de Maria Fumaça. Um passeio incrivelmente doce, a 2Okm/h, ao som do delicioso apito da locomotiva. Uma viagem ao passado.

Lá, gente de todos os estilos e lugares, reunidos por uma única razão: o amor pelo cinema. Exibições de curtas e longas, palestras e oficinas, durante uma semana, na praça, teatro e em uma grande tenda montada ao lado da rodoviária. Além de todo o burburinho de pessoas reunidas pelas mesas de bares nas ruas da cidade. Um ar cosmopolita numa pequena cidade cheia de história e charme.

Para finalizar a viagem, aproveitamos o último dia [e o calor escaldante desse verão de Meu Deus] pra conhecer Carrancas. A uma hora de São João, a cidade esconde cachoeiras incríveis de água cristalina.

Três dias apenas, mas uma viagem renovadora. Prova viva de que não se precisa ir muito longe para conhecer destinos incríveis.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sobre esse tal de BBB


Tá todo mundo falando. E eu não posso deixar de falar.
Sempre acompanhei o programa. Um entretenimento, como outro qualquer. Nada de cultura, atualidade, papos cabeça ou coisas do tipo, mais um daqueles momentos de distração, que não te acrescentam nada, é claro, mas que também não vão te deixar mais burros.
Um programa que exibe pessoas em momentos de lazer, diversão, brigas, conflitos e explosões de sentimentos. Há dez anos, a mesma fórmula. Cada vez mais, pessoas com o mesmo padrão físico, de comportamento e de personalidades. Os matutos sabem o que o povo gosta. Ou pelo menos acham que sabem.
Os participantes fazem o que pensam, bebem, se comportam como verdadeiros animais [ir-racionais] e pronto, geram muito assunto para a hora do cafézinho [e redes sociais, diga-se de passagem] de milhões de brasileiros.
O fato é que desta vez [só desta vez?], a coisa passou do limite.
Um dos "brothes" fez sabe-se lá o que debaixo do edredom, com uma das "brothes", após uma festa de [é claro] muita bebedeira. [Afinal de contas, para esta juventude é necessário muita química para se divertir e se mostrar descoladão.]
O fato é que, uma cena descrita pelo apresentador como "o amor é lindo", gerou discusão nas redes sociais, começando-se a questionar se a moça em questão não estava dormindo e, por isso, não consentiu as demonstrações de afeto [ou não] do moço.
Ora, a moça devia estar realmente em coma alcoólico para não ter notado, mesmo em sono profundo, as carícias do cara. Apesar de tudo, deixo claro que, mesmo estando bêbada, isso nunca foi ou será razão para um ato de tão abominável machismo. E caso seja essa a realidade, por quê de fato a produção do programa não interviu imediatamente ao "estupro" ao vivo?
Depois que a polêmica caiu na internet, o programa continuou a ignorar o fato e, só quando o circo pegou fogo de vez, o programa fechou o áudio do paper view [numa clara demonstração de "liberdade e verdade, a gente vê por aqui"], falou sabe-se lá o que com os participantes durante algumas horas e, depois, comunicou aos telespectadores que o rapaz estava eliminado do programa por "comportamento inadequado", sem, é logico, nenhuma explicação sobre o fato.
Outras questões entraram no circuito, a mãe do rapaz [único negro da casa] afirmou ser um caso de racismo. [Sim, aquela velha conversa de que a cor da pele faz alguma diferença no mundo em que vivemos.]
O caso ganhou proporções ainda maiores, foi parar na imprensa internacional e [até mesmo] no telejornal de maior audiência do país [que por coincidência é da mesma emissora do programa em questão].
A polícia foi chamada, os envolvidos depuseram, negaram as acusações e o caso continua a ser investigado.
A audiência aumenta, o país para, o assunto perdura em todos os lugares e a vida continua.
Só considerações, sem nenhuma resposta definitiva, como tudo neste Brasil.

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